Capturaram o Itajaí! Teoricamente envolvido com tráfico de drogas e tal. Parece que, depois da frutífera ação policial, a paz voltou a imperar na cidade mais alemã do Brasil. Matéria completa aqui!
Bom, nas minhas épocas de colégio estadual José Bonifácio o símbolo máximo da subversão e da periculosidade era um sujeito chamado Floripa.
Vinte e cinco anos e ainda no nono ano. Uma cicatriz de dez centímetros dividindo sua sobrancelha direita, incisivo central superior com a ponta lascada, músculos saltados. Pelo menos era assim que nós, do sexto ano, o víamos. Recém chegou a cidade e já fez da filha de um proeminente a sua namorada.

O homem era um Schwarzenegger, capaz de fustigar qualquer um apenas com o seu olhar. Eis que um dia, na escola, durante o intervalo, nós o atrapalhamos. A sentença, um tanto amena, confesso, foi de seis meses. Durante os minutos do intervalo deveríamos ficar trancados no banheiro. Caso ele nos pegasse transitando pelo pátio, certamente eu não estaria aqui, a escrever essa história para vocês.

Floripa encontrava-se com sua trupe, segundo a língua do povo para rituais macabros, no enigmático “Tapume do Weege”, que também não consta no Google. Era uma espécie de terra sem lei, um lugar onde o sol não chega nunca. Habitado apenas por Floripa, seus comparsas, Scar e algumas hienas.
Sei que Floripa, por algum motivo que não lembro, terminou com a namorada e sumiu. O fato é que, enquanto aparecerem sujeitos com apelidos do tipo Itajaí, Garopaba, Floripa, Laguna, Bombinhas e Itapoá, nós estamos bem. Duro vai ficar o dia em que alguém alcunhado de “Rio” chegar por aqui. Quando isso acontecer, meus amigos, só mesmo o exército da salvação para livrar-nos do mal.