Demeter – A deusa

Vivo falando aqui que larguei minha vida sedentária para virar um jardineiro “Demeter” mas acredito que nunca expliquei realmente o que é isso. Pois então, chegou a hora da verdade…
Primeira parte: Demeter – A deusa
Imagine que estamos na Grécia agora, num tempo em que o Deus Desconhecido de Nietzsche era só mais um anônimo no meio da multidão. Havia uma superlotação de gente poderosa no tal monte Olimpo e, entre tantos imortais, a nossa querida Demeter.
Filha de Cronos e Réia, foi educada e herdou toda riqueza cultural dos pais, inclusive os copiou, ao se casar com Zeus, seu irmão (pelo jeito os deuses gregos tinham uma inclinação canina, ficavam [sentido pejorativo] com todo mundo da família).
Considerada a deusa da agricultura, gostava de passear com seu amigo Dionísio, muito mais do que um enólogo, o sujeito era o próprio deus das uvas, fermentação, bebedeiras, boêmia. Bom, na esfera institucional, os dois proferiam palestras nas quintas a noite para os futuros empreendedores do recém-lançado agronegócio.
 
Um belo dia Demeter ficou grávida e deu a luz a uma bela menina de braços brancos a quem chamou de Perséfone (Não vou entrar nos detalhes da vida dessa aí, mas imagine Cristiane F. elevada a décima segunda potência. A cretina quase desgraçou a nossa vida aqui na Terra, tudo porque caiu na lábia do insaciável senhor Hades e sua caverna erótica com espelho no teto, vultos por todos os lados e direito a comer, depois do sexo, caramelizadas romãs do amor.)
Bom, o tempo passou, casamento desgastou e apareceu um herói grego, o Lásio, com quem teve um affaire. Demeter engravidou e, como resultado, nos deixou o Pluto!



Antes um simpático astro do desenho animado a um devorador de jovens como o Minotauro. Vocês não acham?