O melhor dos mundos possíveis

De repente você se torna adulto em uma vida construída pelas suas próprias escolhas, porém acorda todos os dias com uma estranha sensação de que nada foi premeditado e tudo simplesmente aconteceu independente da sua vontade.
Ao contrário do caos interno, tudo está perfeito! O envelhecimento na medida certa, a redescoberta, aos trinta anos, do corpo.
De sedentário beberrão você passou a pedalar quase trinta quilômetros todos os dias, bebe menos, come na medida certa, trabalha num lugar mágico, ainda por cima fala uma nova língua e lê (no original) aquele bando de pensadores que, embora te causaram inúmeras dores de cabeça na Universidade, você sempre admirou.
ORGULHO deveria ser a sua palavra pelo fato de que foram certamente, induzidas ou não, as melhores escolhas e você meu amigo, seguindo nosso amado Leibniz, não pode esquecer de que vive no melhor dos mundos possíveis!
Mas, a pergunta que fica é por que existe sempre um maldito “mas”, um “porém” desnecessário e um “apesar” que acaba com tudo?
A foto é de um dos campos de trigo que tenho a oportunidade de ver crescer aqui de casa…
Acho que é por eles que tenho andado tanto de bicicleta!