A cidade de Curitibanos estava pouco movimentada naquela sexta-feira posterior ao dia mundial da paz. Na noite anterior assistimos aos fogos, nos abraçamos e brindamos a chegada do novo ano no admirável Mundo de Harry, um dos únicos lugares da cidade a festejar 2009. Quem podia estava em alguma praia do litoral do estado. Boa parte do comércio não abriu as portas, inclusive a sorveteria, companheira minha e de Simone nas insólitas e quentes tardes.
O dia da partida amanheceu nublado. Nuvens cinzentas, entupidas de água, estavam prestes a despejar em nós toda a sua cor. Mesmo alarmados pelo tornado que horas antes destruiu várias araucárias na cidade de Urupema, precisávamos voltar para casa.
Entramos na rodovia ainda antes da chuva, naquele exato momento em que a tempestade já está estruturada, mas ainda não se manifestou e a paisagem está em plena transformação. O cheiro exalado é forte e as cores ficam mais vivas. As placas de sinalização amarelas, brancas, vermelhas e azuis passam rápido entre as várias tonalidades de verde: O Claro do mato e o escuro das terríveis florestas de pinheirinho americano que destroem o solo.
Transformaram os pastos em área reflorestamento. Praticamente todos os agricultores e pecuaristas da região se renderam ao dinheiro fácil e certo oferecido pela grande indústria de papel e agora também pela do compensado de madeira. Eles dão tudo: a semente, o plantio e a derrubada das árvores, que pode acontecer entre quatorze e vinte anos. Durante todo esse tempo, mês a mês, eles pagam pelo uso do terreno.
Depois da curva, descemos a grande reta até passarmos pela cidade de Alfredo Wagner onde um imenso paredão de concreto nos protegeu. De repente tudo começou a ficar escuro e a chuva nos encontrou. Árvores negras, névoa, asfalto encharcado e as luzes dos carros em alta velocidade fizeram, como sempre, suas vítimas fatais. Seguimos adiante pela BR 282 até que finalmente avistamos, entre os sinais vermelhos dos semáforos, a velha ponte de ferro, símbolo máximo da nossa casa.
O dia da partida amanheceu nublado. Nuvens cinzentas, entupidas de água, estavam prestes a despejar em nós toda a sua cor. Mesmo alarmados pelo tornado que horas antes destruiu várias araucárias na cidade de Urupema, precisávamos voltar para casa.
Entramos na rodovia ainda antes da chuva, naquele exato momento em que a tempestade já está estruturada, mas ainda não se manifestou e a paisagem está em plena transformação. O cheiro exalado é forte e as cores ficam mais vivas. As placas de sinalização amarelas, brancas, vermelhas e azuis passam rápido entre as várias tonalidades de verde: O Claro do mato e o escuro das terríveis florestas de pinheirinho americano que destroem o solo.
Transformaram os pastos em área reflorestamento. Praticamente todos os agricultores e pecuaristas da região se renderam ao dinheiro fácil e certo oferecido pela grande indústria de papel e agora também pela do compensado de madeira. Eles dão tudo: a semente, o plantio e a derrubada das árvores, que pode acontecer entre quatorze e vinte anos. Durante todo esse tempo, mês a mês, eles pagam pelo uso do terreno.
Depois da curva, descemos a grande reta até passarmos pela cidade de Alfredo Wagner onde um imenso paredão de concreto nos protegeu. De repente tudo começou a ficar escuro e a chuva nos encontrou. Árvores negras, névoa, asfalto encharcado e as luzes dos carros em alta velocidade fizeram, como sempre, suas vítimas fatais. Seguimos adiante pela BR 282 até que finalmente avistamos, entre os sinais vermelhos dos semáforos, a velha ponte de ferro, símbolo máximo da nossa casa.