Fim de ano, timeline do Facebook entupida com fotos de praia, piscina, termômetros marcando quarenta graus centígrados, biquínis, calções de banho, céu azul, mar, ondas e, logicamente, pessoas alegres a se “clicar”.
Outro dia num bate-papo com Mosé, um italiano grande amigo meu, falei que estava com saudades da praia, afinal, morei em Florianópolis, coisa e tal.
A resposta dele de que “aqui na Alemanha também tem praia” foi o impulso que eu precisava para passar as férias no Mar Báltico.
Hoje, quando acordei, o sol já estava a pino. “É hora de pisar na areia”, pensei comigo! Tirei a família Buscapé da cama cantando somente o refrão do clássico “Vamos a la playa“, dando ênfase ao insuportável “ô, o, o, o, ô” . Obviamente um mau humor oposto ao meu se abateu sobre aqueles que me ouviam. Expulso de casa, eu desci rapidamente, tirei o gelo do para-brisa, liguei o carro e parti para orla.
Assim que cheguei, tive que contemplar sem poder encostar, a água cristalina. Senti, sem proteção alguma, o sol. Joguei-me, feito uma morsa, na areia semicongelada e ali fiquei a curtir, por aproximadamente, três minutos o sol e o mar.
Os elementos que fazem um litoral ser o que é estavam lá… o sol, o mar, a praia, até gaivotas a buscar um peixinho… a única coisa que faltou para eu me sentir no Santinho foram uns míseros 30 graus centígrados, mas mesmo assim eu não esqueci o clique.

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