Uma das coisas mais legais do fim de ano são as trocas de mensagens para com aqueles que amamos. Nossos Smartphones ficam entupidos de vídeos bonitinhos, memes engraçados, selfies sorridentes a exaltar um suculento cadáver de Peru, latinhas de cerveja e uma descomunal garrafa três litros de Coca-cola sobre a mesa finamente decorada. Desculpem, mas tal imagem, em suas infinitas variações, se propagou na timeline do meu Facebook. Afinal, a ceia natalina é o cerne, em nossa tradição, da consagração do nascimento do menino Jesus.
Bom, mas o que ainda me encanta em ver tais fotos é perceber que as pessoas ainda andam em grupo. São conjuntos de gente que se reúne. Não apenas ao redor de uma mesa, mas em uma piscina, em frente a uma churrasqueira, em alguma praia paradisíaca, numa cachoeira, em uma garagem, na laje, sótão ou terraço de lugares prosaicos ou especiais.
As pessoas estão lá apertadinhas. Elas anseiam em serem estampadas todas juntas em uma imagem. A imagem (para me valer de mais um clichê) não é nada, a intenção “queremos estar juntos” é o que me toca e me deixa feliz. O ser humano contemporâneo, apesar de todos os contras da civilização ocidental, não apenas necessita, ele ainda busca estar com o outro. Isso faz com que eu perceba e sinta que o natal ainda É!!!
Quando eu olho o mundo ao meu redor, principalmente agora que estou de férias, me locomovendo em uma cidade, não vejo as pessoas completamente absortas em seus telefones inteligentes. Eu vejo braços esticados, a mostrar ao outro, algo engraçado, interessante ou triste; eu vejo reações diversas e, acreditem, ainda há troca de olhares.
