2012…

Começa com muitas promessas, desejos, vontades, mas com os mesmos passos de 2011, 2010, 2009… Seríamos nós seres capazes de mudar, como escreveu Eduardo Galeano, aquilo que realmente somos?

Já pensou se numa virada dessas os bagunceiros se organizassem, se os carnívoros se tornassem vegetarianos, se os glutões recobrassem a compostura e comessem apenas o suficiente, se os medrosos encarassem com coragem todos os desafios que um novo ano impõe, se os adultos por vezes tão infantis conseguissem a tão almejada seriedade e andassem mais “arrumados”, se os corcundas num esforço tremendo permanecessem eretos, se os materialistas reencontrassem a espiritualidade perdida, seja ela na música, na literatura ou em alguma outra expressão da arte.

Na verdade eu queria esta postagem como Fernando Sabino quis sua Última Crônica. É uma pena, assim como não aconteceu com ele, eu não estar inspirado para tal. Penso que a inspiração, muitas vezes, vem da sobra de força e eu, depois de um grupo de férias, gastei-me todo, mas entre mortos e feridos cheguei ao post de número cem.