Hibernação

Não! O Vinhetas não morre, ele hiberna. É uma estratégia (in)consciente de fazer com que todos me esqueçam, simplesmente para eu me reinventar de forma livre.
O frio, mesmo com a proximidade do verão, mantém-se firme no Morro dos Pássaros.
O clima de férias nos chega aos poucos. A lista de afazeres míngua em noites e madrugadas entupidas de números, formulários e documentos.
Vaga-lumes dançam nos jardins do palacete e eu não posso vê-los porque estou no porão da casa Jawlensky, na frente do computador, a fazer contas que não são minhas!
Pelo menos, muito mais por obrigação do que por vontade própria, comprei a passagem e logo vou, com a família Buscapé, para o lugar que um dia chamei de lar.