Companheiro Revolucionário – Jorge Sanchez

Bom, se você nasceu em algum lugar de nossa gigante, inconstante, caótica, porém maravilhosa América Latina, considere-se um companheiro revolucionário, um irmão de luta e sobrevivência.
Como disse Ernesto Guevara de la Serna…

Ainda que não sejamos pessoas significantes e sejamos impedidos de sermos porta-voz de sua causa, acreditamos e, depois dessa viagem mais firmemente do que antes, que a divisão da América em nacionalidades incertas e ilusórias é completamente fictícia. Constituímos uma única raça mestiça desde o México até o estreito de Magalhães.

A partir dessa semana vou postar sobre gente do nosso mundo perdida no velho e individualista continente. Pessoas com ideias e aspirações que me fizeram crescer, sonhar e amar o lugar de onde eu venho.

A revolução está encaminhada, se processa e se constrói em encontros casuais e lugares inusitados, como foi com Jorge. Boliviano, político feroz, intelectual mordaz, dono de um coração do tamanho do Salar de Uyuni, o maior lago salgado do mundo e que fica, pasmem, na Bolívia. Foi com ele que discutimos as preliminares do projeto, em mesas comuns e com refeições “Demeter”, testando a nossa rebeldia de trintões no meio da noite, bebendo cerveja, sentados em calçadas de cidades fantasmas das quais nunca ouvimos falar.

Rompemos as fronteiras do conhecimento antroposófico e chegamos juntos ao Goetheanum, trocamos ideias, soltamos piadas, sonhamos e, como precisa ser, voltamos ao nosso isolado mundo, a tempo de trabalhar em nossa utopia: A revolução através da educação.

(O meu idealismo me consome!)