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Vinhetas em Wartburg

Castelo de Wartburg – Vista geral

Há séculos que estava para fazer a tal viagem. Eisenach é uma cidade distante oitenta quilômetros de onde eu moro. Berço de  Johann Sebastian Bach e onde Martinho Lutero  traduziu o novo testamento para o alemão. Um regalo para os reformistas de plantão.

A cidade em si não é lá grande coisa. Tem a “casa de Bach”, que não é onde ele viveu, pois a original foi destruída, além do castelo de Wartburg onde Martinho Lutero se exilou para realizar a famosa tradução do evangelho.

O castelo, em si e em minha opinião, é belo. Obviamente como tudo hoje em dia, dominado por turistas que, assim como eu, mais se preocupam em tirar fotos do que contemplar a magnitude de um lugar tão carregado de História.

Wartburg – Vista da  torre do castelo
Duas coisas despertaram a minha atenção durante o passeio: A simplicidade do quarto em que Martinho Lutero trabalhou e uma exposição de quadros que resgatam sua vida. A maior parte dos quadros foi feita no final de 1800.

A sala de Lutero





A Biografia de Lutero em pinturas



Vista geral da exposição 

Lutero na época da escola

Amigo de Lutero é atingido por um raio


Lutero descobre a Bíblia

Lutero é admitido no Mosteiro

Lutero queima a bula de excomunhão 
Lutero com estudantes em uma taberna em Jena 

O casamento de Lutero (Paul Thumann)

O casamento de Lutero (Willem Linnig)

Lutero na Dieta de Worms

A chegada de Lutero em Wartburg 

Lutero traduz a Bíblia

Lutero faz as pazes com o conde de Mansfeld

Lutero prega no Púlpito 

Lutero pendura suas Teses

Lutero perante Caetano

Lutero a caminho de Wartburg

Lutero em seu leito de Morte

20:25 – O primeiro trecho se resumiu em sair de casa e encarar de frente tudo e todos que porventura pudessem aparecer. Fiquei estático e mudo diante da primeira árvore que vi. O modo como os galhos se entrelaçavam causava a impressão de que se tratava de um pequeno arvoredo.
Foi engraçado sentir como algo que está só pode afastar a ideia da solidão e representar a fartura da vida…
20:27 – No foco errado, as flores que me encantam, mostram de forma um pouco borrada o caminho que está por vir.
20:28 – O sol, com o sono de quem levantou antes das seis e trabalhou o dia inteiro, quase indo dormir, ainda me deu de presente folhas verdes e douradas.
20:31 – A primavera se confunde, em muitas ocasiões, com o outono.
 
20:32 – Pinhas pequenas em folhas finas e pontudas anunciam o fim da soberania arbórea. Dali em diante enfrentaria também objetos inanimados.
20:34 – Ferro e vidro. O lampião foi obrigado a abandonar o fogo. A modernidade instalou-lhe uma lâmpada eletrônica de baixo consumo.
 
20:36 – Senti-me, no exato momento em que enxerguei-as, infinitamente triste. Seria injusto postar a foto com cores.
20:39 – O carro vermelho desbotado lembra o nosso velho Gol. Estacionado em frente a um pequeno palácio, não faz jus, assim como eu, a nobreza que um dia ali residiu.

20:41 – A jornada prossegue num compasso próprio e poucos passos adiante encontro uma bicicleta jogada. Sinônimo de uma educação liberal e ineficaz.

 

  20:42 – Auto-retrato!
  

  

20:45 – O portão de ferro, embora aberto, me prende a um mundo do qual não faço parte, mas já não consigo mais sair.
 
     
 
  20:50 – Olho o céu pela última vez. Entre frestas deixadas por uma árvore que um dia se curvou e não conseguiu mais se reerguer.